A AMAZÔNIA NÃO É ESGOTO DO MUNDO

Na Conferência sobre o Clima, em Haia, com a presença de 180 países, os Estados Unidos apresentaram uma proposta no sentido de serem consideradas a Floresta Amazônica e outras florestas naturais, como “esgotos de carbono”, tendo em vista os gases que expelem provocando o efeito estufa.

Como se sabe, o país em referência é um dos maiores poluidores do mundo e, ao invés de adotar medidas para diminuir a emissão de gases, apresentou uma proposição que foi muito criticada por europeus e ambientalistas.

Não é, sem razão, que a Amazônia foi considerada, de há muito, “pulmão do mundo”. Passou, agora, indevidamente, a ser olhada como “esgoto da Terra”.

Mas o que nos deixa boquiabertos é a desfaçatez com que a Amazônia é tratada pelos países do primeiro mundo: como terra de ninguém, ou como a Antártida, onde todo mundo manda.

Esse negócio de considerar a Amazônia “patrimônio da humanidade” merece uma reflexão profunda. Ela é patrimônio nosso, conquistado por nossos antepassados, sendo parte integrante do território nacional.

É certo que a Amazônia não deve ser objeto de devastação, posto que isto atentaria contra o equilíbrio do meio ambiente no mundo mas, ao ponto de alguns países tratarem a Região como se lhes pertencesse, vai uma distância muito grande.

De 20 a 25% das emissões de CO2 provocadas pelo homem, provêm das queimadas, significando que medidas protecionistas devem ser postas em prática para salvar as florestas. Agora, transformá-las em “esgoto do mundo”, é outra história…

Alguns ativistas e membros de governos latino-americanos manifestaram-se favoráveis à proposta americana achando que, com isso, obterão recursos para a preservação de suas áreas florestais.

Ora, ninguém de bom senso quer a Amazônia como santuário ecológico, intocável, posto que as pessoas que lá vivem, ficariam olhando as riquezas, sem que as mesmas pudessem ser canalizadas em seu proveito.

Na verdade, certos estão os que defendem o aproveitamento auto-sustentável da Amazônia. Afinal de contas, a região não se deve transformar, também, em Museu da Humanidade.

A Amazônia é nossa. Cabe-nos defendê-la a qualquer custo, por se tratar de uma questão de Segurança Nacional.