A AMAZÔNIA TEM DONO

Há algum tempo, o ex-senador Bernardo Cabral, meu colega na Academia Brasileira de Ciências Morais e Políticas presidida pelo ilustre Gen Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, sacudiu a opinião pública brasileira declarando que seriam lançadas ações na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, no valor de 20 bilhões de dólares sobre o bem maior existente na natureza, ou seja, a água.

Mostrou a sua preocupação com referência ao assunto, visto que grande parte da água doce existente no mundo se encontra em território brasileiro.

Logo depois desse brado do senador, foi criada, em nosso país, a Agência Nacional de Águas, pretendendo regular esse bem natural existente em abundância no Brasil, particularmente na Amazônia.

    Daí para cá não se falou mais sobre a Bolsa de Chicago, tendo sido instalada a Agência Nacional de Águas que, até hoje, parece que não alcançou os fins almejados.

    Ninguém se iluda: a grande luta no futuro não será em derredor do petróleo, como acontece hoje, mas da água, elemento indispensável à vida no nosso planeta.

    E onde se encontram os maiores mananciais do mundo? Por que tanto cuidado das nações mais desenvolvidas do Planeta em relação à Amazônia? 

    Será que elas são tão beneméritas a ponto de quererem ajudar o Brasil a resolver os problemas que cercam essa região, sem nada pedir em troca?

       O mundo é competitivo por excelência e, cada nação, procura usufruir o máximo de vantagem para viver bem, prosperar, crescer cada vez mais.

    Assim, devemos ficar de olho nos países desenvolvidos que, ontem como hoje, só visam uma coisa: os seus interesses, o lucro fácil, à custa dos países subdesenvolvidos e dos países em desenvolvimento.

    O alerta feito pelo ex-senador Bernardo Cabral no Parlamento Amazônico, acerca da Bolsa de Chicago, foi bem oportuno, e a sua declaração “A Amazônia tem dono”, merece reflexão permanente e profunda.