FESTIVIDADES DE NATAL

Já estamos nas festividades de Natal e de Fim de Ano e isto traz muitas recordações do nosso tempo de infância, quando acreditávamos piamente no Papai Noel, pois ninguém estragava a nossa fantasia dizendo que o Bom Velhinho não existia. Hoje, até um eminente integrante da Igreja já declarou, para espanto geral, que Papai Noel não existe, desfazendo uma antiga crença do mundo cristão.

Naquele tempo, ficávamos ansiosos pelos presentes e, como não tínhamos casa com chaminé, críamos que os presentes entrassem pela janela, daí porque as deixávamos semiabertas. Na cidade onde morávamos, não havia perigo de ladrão, como ocorre hoje.

Uma sabedoria do nosso pai era a de nos dar presentes úteis ao dia a dia, como sapatos, roupas, etc., o que nos deixava tristes e, às vezes, enraivecidos. Ora aquilo não era presente que se desse nas festas natalinas. Houve mudança de ideia, e passamos, então, a receber os brinquedos da época.

Lembramo-nos bem de um presente especial: um cavalo branco de madeira, sobre rodas, no qual saíamos desfilando pelas calçadas de nossa rua, parecendo um Napoleão Bonaparte mirim.

Aqueles eram tempos felizes. A meninada não tinha a perversidade dos dias de hoje; não havia, também, as disputas ora existentes, cada qual querendo um brinquedo elétrico, ou eletrônico, de última geração.

Mas, no período de festas, não nos lembramos apenas de fatos de nossa infância, mas sim dos meninos de agora, perdidos na cidade grande, desprotegidos, desamparados, sem brinquedos e sem futuro.

Como é triste se pensar num brinquedo que nunca chega! A pessoa passa pela infância, sem nunca ter sido criança.

Fizemos a nossa parte, com algumas doações, embora módicas, para asilos e orfanatos, de maneira anônima, tudo fruto de nossa formação de rotariano, convicto de que somente através da solidariedade e do amor é que conseguiremos ir modificando um pouco o mundo cruel e desumano em que vivemos.

Se não melhorarmos o hoje, o amanhã será tétrico e insuportável de se viver.

Apenas os egoístas se sentirão felizes…