A VIDA FRENTE À MORTE

Leo Buscaglia, em seu livro intitulado Assumindo A Sua Personalidade dá-nos uma verdadeira lição de vida: “Possuímos um forte instinto de sobrevivência, um desejo intenso de viver. De outro modo, como poderíamos ter suportado tantos séculos de escravidão, fome, dor, encarceramento e luta e, ainda assim, termos seguido escolhendo a vida?”.

Em verdade, essa tem sido a saga da humanidade: a luta pela sobrevivência, o desejo infrene de viver. Mas, a realidade da vida, está associada, segundo o autor, à aceitação da morte. Diz Leo Buscaglia:

“Quando somos capazes de aceitar a morte simplesmente como outro aspecto do ciclo da vida, daremos consideração e valor a cada encontro da vida, sabendo que ele jamais ocorrerá novamente. E cada um destes momentos será a fonte do que conheceremos como nossa vida.

A morte é o maior dos mestres da vida. Somente os ignorantes e aqueles que têm medo de viver a temem. Os sábios aceitam a morte como seu amigo íntimo e mestre muito bondoso. Para sermos plenamente ativos e atuarmos plenamente como uma pessoa, devemos aceitar a morte como um amigo de toda a vida”.

Como não somos sábios, não temos a morte como nossa amiga íntima; temos receio do desconhecido.

Por outro lado, choramos muito a perda de entes queridos que se foram, deixando um vazio imenso em nossos corações. É preciso um grande lapso de tempo, para irmos nos acostumando com as perdas ocasionadas pela morte.

O importante, porém, é sabermos encarar a vida, procurando sempre vivê-la com dignidade, amando o nosso semelhante, compreendendo que tudo é fugaz, que não adianta a soberba se tudo irá se transformar em pó.

Vêm-nos, então, à mente, as palavras de um porteiro, ao ouvir muita discussão em derredor do uso de um elevador social: debaixo da terra, todos são iguais!