CIDADE MARAVILHOSA

CRISTO REDENTOR

Rio de Janeiro: cidade bonita, por força da natureza, encanta e seduz. Atrai gente de todas as partes do Brasil. É, com efeito, a meca das pessoas de maiores recursos que sempre têm um apartamento aqui no Rio, principalmente nos bairros do Flamengo, Copacabana, Ipanema, Leblon e Barra da Tijuca para onde se deslocam, com frequência, de seus Estados de origem.

Também muitos aposentados de outros locais do Brasil migram para o Rio de Janeiro para usufruírem de suas maravilhosas praias, em tempo integral.

A Cidade Maravilhosa, infelizmente, perdeu a sua opulência de antiga capital da República, onde todo o poder de mando do país aqui se concentrava. O povo, politizado, exigia muito dos governantes que eram obrigados a melhorar os rumos da política.

A cidade mudou, com a transferência da Capital Federal para Brasília. A qualidade de vida caiu muito.

Hoje, a brutalidade tomou conta das filas dos metrôs, dos ônibus, dos teatros, dos cinemas, dos supermercados etc. (agora estamos em pandemia). Há muita algazarra nos condomínios. Ninguém respeita o sossego alheio. A gritaria é infernal, como se as pessoas estivessem na selva, umas distantes das outras e, para se comunicar, precisassem gritar.

A natureza é desrespeitada, com o corte de árvores frondosas, a pretexto de serem ninhos de cupim, ou de sujarem muito com as folhas que naturalmente caem.  

Nos restaurantes, há pessoas com comportamentos lamentáveis. Risos altos, cantorias que azucrinam os circundantes, simulando comemorações natalícias. Não há conversa discreta; há falatório em altos brados, como se as pessoas estivessem num mercado público.

O certo é que ninguém mais pode viver sossegado. As buzinas são tocadas a todo instante, cortando, inclusive, o silêncio das madrugadas. As crianças não mais brincam: perturbam o ambiente onde estão. Os pais ou responsáveis não estão nem aí, e elas ficam soltas, como se estivessem num circo, gritando a plenos pulmões.

Mas, devemos ser otimistas. Acreditemos na mudança do “status quo”. O carioca é bom, altivo, altruísta e empreendedor. A recuperação por certo virá!