BANCO DE LEITOS HOSPITALARES*

A bem elaborada revista do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro publicou, faz alguns anos, uma interessante entrevista com o Sr. Aroldo de Mendonça, criador do Banco de Leitos Hospitalares Francisca Mendonça, cuja finalidade é emprestar leitos a pessoas necessitadas, sem nenhum retorno financeiro.

Falando sobre essa edificante atividade, declarou o Sr. Aroldo de Mendonça, companheiro rotariano: “As boas ações elevam o espírito e o predispõem a praticar outras”.

Em verdade, as ações nobres engrandecem as pessoas que as praticam, e mostram a importância das mesmas em favor da comunidade. O trabalho do rotariano Aroldo de Mendonça é desses que qualificam o ser humano, hoje mais voltado para dentro de si do que para ajudar o seu semelhante.

 A ideia da fundação do Banco de Leitos Hospitalares surgiu quando Aroldo de Mendonça visitava sua genitora internada na Casa de Repouso Santa Maria, na Praça Seca, e ali verificou a existência de uma enorme quantidade de camas, cadeiras e carrinhos de comida quebrados. Levou-os para sua oficina, consertou-os e os entregou de volta à Casa de Repouso. O Diretor da entidade, além de manifestar os seus agradecimentos, levou-o ao 3º andar da instituição, onde havia uma grande quantidade de camas quebradas.   Aroldo propôs então um acordo: ele levaria as camas para consertá-las e devolveria a metade delas, completamente renovadas. O pacto foi realizado, e os resultados surgiram a ponto de ser criado o Banco de Leitos Hospitalares, que leva o nome da genitora do seu instituidor.

O Banco atende a todo o Estado do Rio de Janeiro, há anos e, como acentuou o seu criador, jamais deixou de atender a qualquer pessoa necessitada.

Exemplos assim devem ser sempre divulgados para servirem de inspiração a outras pessoas de boa vontade que desejarem proporcionar benefícios à coletividade menos favorecida pela sorte.

O trabalho social, sem dúvida alguma, dá muita alegria a quem o pratica. Esta é a manifestação de Aroldo de Mendonça: “Fico satisfeito e feliz em ser útil a alguém, poder fazer o bem, ajudar. Eu me sinto realizado em poder fazer esse trabalho”.

A verdade é que Aroldo de Mendonça é um rotariano que faz acontecer.  

*Artigo escrito faz alguns anos.