LILICA MON AMOUR

BRANCA AMANDE CAVALCANTE

LILICA

Faz alguns anos, assisti na televisão uma   reportagem sobre a solidariedade da Lilica, uma cadela de rua, que encontrou uma pessoa muito bacana que lhe dava comida todas as noites.

Lilica comia e, o restante, carregava nos dentes, para bem longe.  A senhora, intrigada, pois Lilica derramava a sobra de comida durante a caminhada, decidiu segui-la. Surpresa: Lilica levava a “sobra da sobra” para os seus amigos caninos de rua, enfrentando a estrada e o escuro da noite, por cerca de dois quilômetros.

A senhora, então, depois que Lilica jantava, colocava mais comida no saco, amarrava-o, e Lilica lá se ia com o saco nos dentes levar a comida para os amigos.

A senhora, tomada de amor por Lilica, dizia: vai pelo fio da calçada, Lilica, cuidado com o trânsito, como se a cadela fosse um ser humano.

Que exemplo: Lilica, verdadeiro anjo de quatro patas, amiga solidária e fiel aos   de sua espécie.

E os humanos? Muitos, tão falsos, tão cruéis, tão desumanos. Nem parecem filhos do Criador; esquecem que a solidariedade faz parte, em toda a sua integralidade, do Grande Amor de Deus!

Que o exemplo de Lilica sirva para todos nós, seres humanos!