Plínio Ramos Coelho foi um grande líder no Amazonas sendo, por duas vezes, governador daquele Estado. Tive o privilégio de privar de sua amizade.
Era um homem culto, orador nato, dotado de um sentimento regionalista muito acentuado. Tudo fez e realizou para soerguer as finanças do Amazonas, muito combalidas na década de 50, e deixou uma administração marcada por realizações soberbas e magníficas. Instalou o Banco do Estado do Amazonas, a Companhia de Transportes Coletivos, a Companhia de Alimentação do Amazonas, a Companhia Telefônica, a Usina Flutuante, geradora de energia elétrica, e muitos outros empreendimentos.
Não foi apenas um grande administrador. Foi o inspirador da força de vontade que dominou o coração dos amazonenses que desejavam ver o seu Estado próspero e feliz.
Era um intelectual de grande valor e, por merecimento, foi guindado à Academia Amazonense de Letras.
Como Deputado Federal Plínio Coelho, por sua vigilância constante em defesa dos interesses do Amazonas e do Brasil, ficou conhecido como “O Ganso do Capitólio”.
Era um líder nato. Tinha, em torno de si, um sem número de admiradores de suas qualidades morais e intelectuais.
Não era preso a bem materiais. Vivia sem a menor ostentação, tendo apenas o suficiente para se manter com dignidade.
Afastado da vida política, transferiu-se para uma pequena fazenda em Goiás, onde tinha um criatório de porcos. Ali, sentiu a amargura do abandono. Ele, que sempre fora cercado de tanta gente, estava praticamente só. A vida tem dessas facetas tristes.
Contam que, certa vez, um correligionário político ao lhe fazer uma visita, indagara: “Governador, o Senhor que é um líder político admirado, como se sente aqui nesta fazenda, criando porcos. Plínio Coelho lhe teria respondido: “Eu prefiro ter porcos como amigos, do que amigos porcos”!
Era um lutador. Não esmorecia jamais.
Que os seus exemplos de vida inspirem as novas gerações de políticos amazonenses!